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ToggleAs plaquetas desempenham um papel importante na coagulação do sangue e na prevenção de hemorragias. Quando os níveis de plaquetas estão fora da faixa considerada normal, pode haver implicações sérias, especialmente em crianças. Neste artigo, vamos explorar o que são as plaquetas, as causas e sintomas das plaquetas baixas em crianças, e o que fazer quando esse problema é identificado. Também abordaremos as perguntas mais comuns sobre plaquetas altas, plaquetas normais, e estratégias para aumentar os níveis de plaquetas.
O Que São Plaquetas e Qual Sua Função?
As plaquetas, também conhecidas como trombócitos, são pequenas células do sangue responsáveis pela coagulação. Quando há uma lesão em um vaso sanguíneo, elas se agrupam no local para formar um coágulo e prevenir a perda de sangue. A função das plaquetas é, portanto, essencial para a manutenção da integridade vascular.
O Que é Considerado um Nível Normal de Plaquetas?
Os valores normais de variam, mas em crianças, um número entre 150.000 e 450.000 por milímetro cúbico (mm³) de sangue é geralmente considerado normal. Quando falamos sobre “plaquetas 250.000/mm³ é normal“, estamos nos referindo a um valor que está bem dentro da faixa ideal para crianças e adultos. Por outro lado, se uma criança tem plaquetas baixas, geralmente abaixo de 150.000/mm³, isso pode ser um sinal de alerta, em seguida, veja uma tabela com os valores de referência abaixo.
Tabela de Valores de Referência das Plaquetas
Faixa de Valores (plaquetas/mm³) | Interpretação |
---|---|
Acima de 450.000 | Plaquetas altas |
150.000 – 450.000 | Plaquetas normais |
100.000 – 149.000 | Leve trombocitopenia |
50.000 – 99.000 | Moderada trombocitopenia |
20.000 – 49.000 | Grave trombocitopenia |
Menos de 20.000 | Risco de hemorragia grave |
Plaquetas Baixas: Causas e Sintomas em Crianças
As plaquetas baixas, ou trombocitopenia, podem ser causadas por diversos fatores, incluindo:
- Infecções virais: Como dengue, mononucleose ou rubéola.
- Doenças autoimunes: Como púrpura trombocitopênica idiopática (PTI).
- Deficiências nutricionais: Como falta de vitamina B12 ou folato.
- Uso de medicamentos: alguns antibióticos e medicamentos anti-inflamatórios podem reduzir a contagem.
Os sintomas mais comuns de plaquetas baixas incluem hematomas fáceis, sangramentos nasais frequentes e pontos vermelhos na pele (petéquias).
Exames para Detectar Plaquetas Baixas
Para diagnosticar plaquetas baixas em crianças, o exame de escolha é o hemograma completo. Este exame é essencial para avaliar a contagem total de plaquetas, além de fornecer informações sobre outras células sanguíneas, como glóbulos brancos (leucócitos) e glóbulos vermelhos (hemácias).
Exames Complementares:
- Mielograma: Indicado em casos onde há suspeita de que a medula óssea não está produzindo plaquetas adequadamente.
- Coagulograma: Avalia a função de coagulação do sangue e pode ajudar a entender melhor os riscos associados a plaquetas baixas.
- Teste de anticorpos anti trombócitos: usado para detectar se a causa da trombocitopenia é autoimune, como na púrpura trombocitopênica idiopática (PTI).
Limites Críticos e Quando Buscar Ajuda
Em crianças, um valor abaixo de 100.000/mm³ já é considerado uma situação que merece acompanhamento rigoroso. Se caírem abaixo de 20.000/mm³, o risco de sangramento espontâneo, incluindo hemorragias internas, aumenta significativamente. Níveis extremamente baixos, abaixo de 10.000/mm³, são considerados críticos e necessitam de intervenção médica imediata, muitas vezes requerendo hospitalização e tratamento urgente, como transfusões de plaquetas.
Plaquetas Baixas em Crianças: Risco de Morte?
É natural que os pais se preocupem com os riscos de morte associados a plaquetas baixas. Embora valores extremamente baixas possam aumentar o risco de hemorragias internas graves, é importante lembrar que casos fatais são raros e estão geralmente associados a condições médicas subjacentes graves.
Plaquetas 125.000 é Normal?
Um valor de plaquetas 125.000 por milímetro cúbico é ligeiramente abaixo do normal, mas pode não ser motivo de preocupação imediata, dependendo da causa e da presença de sintomas. Em muitos casos, uma avaliação médica completa é necessária para determinar se há necessidade de tratamento ou acompanhamento.
O Que Fazer Quando as Plaquetas Estão Baixas?
Se uma criança é diagnosticada com plaquetas baixas, o primeiro passo é identificar a causa subjacente. Dependendo do diagnóstico, o tratamento pode variar:
- Acompanhamento médico regular: em casos leves, o médico pode recomendar apenas monitoramento regular.
- Suplementação nutricional: se a causa for uma deficiência nutricional, a suplementação de vitamina B12, folato ou ferro pode ser indicada.
- Tratamento da condição subjacente: se a trombocitopenia for causada por uma doença autoimune ou infecção, tratar a condição primária ajuda normalizar os níveis de plaquetas.
Como Aumentar as Plaquetas em Crianças?
Para aumentar as plaquetas, é importante seguir as orientações médicas, que podem incluir:
- Alimentação equilibrada: ricas em alimentos que favorecem a produção de plaquetas, como vegetais folhosos, carnes magras e frutas.
- Hidratação adequada: manter uma boa hidratação é essencial para o funcionamento adequado do corpo.
- Evitar medicamentos que afetam as plaquetas: alguns medicamentos podem reduzir a contagem de plaquetas, e o médico pode orientar sobre alternativas.
Conclusão
A trombocitopenia (plaquetas baixas) em crianças, é uma condição que requer atenção e cuidado, mas com o diagnóstico e tratamento adequados, é possível gerenciar e até reverter o quadro. Se já fez o exame ou suspeita que seu filho tenha plaquetas baixas, procure um médico para uma avaliação completa. Manter-se informado e seguir as orientações profissionais é o melhor caminho para assegurar a saúde e o bem-estar de seu filho.
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Dúvidas Frequentes
Não é necessário jejum para o hemograma.
Sim, não apenas a dengue, mas também outras infecções virais, como a mononucleose e a rubéola.
Hemofilia, Aplasias medulares, Trombocitopenia (plaquetas baixas).
Além de uma boa hidratação e repouso, Consumir alimentos Ricos em Vitamina K ajudam, como:
- Vegetais de Folhas Verdes: Espinafre, couve, brócolis, alface e rúcula são ricos em vitamina K.
- Chás Verdes e Pretos: Alguns chás contêm quantidades significativas de vitamina K.
- Óleos Vegetais: Óleos como o de soja e canola também possuem vitamina K.
- Frutas: Abacate, kiwi, mamão e uvas.
Lincoln Soledade, – Biomédico CRBM 41556/ES. Possui especialização em Patologia Clínica, pós-graduado em Biomedicina Estética Avançada, atua na área de diagnóstico clínico hospitalar, desde o início de sua carreira em 2018.